Fintechs brasileiras: o que elas oferecem ao consumidor?
Embora ainda seja um nome desconhecido por muitas pessoas, as fintechs brasileiras estão ganhando cada vez mais mercado. O crescimento desse segmento entre 2016 e 2017 foi de 87%, mostrando que o consumidor está em busca de modelos mais vantajosos que as instituições financeiras tradicionais.
Mas você já parou para entender melhor como funcionam as fintechs? Sabe quais são as características desse tipo de negócio que estão atraindo o consumidor brasileiro? Quer descobrir como a tecnologia viabiliza esse crescimento? Então confira essas respostas neste post.
O que é uma fintech?
O termo surgiu a partir da junção de duas palavras: financial e technology, no inglês. Ele passou a ser usado para dar nome a startups que surgiram no segmento de serviços financeiros.
Tratam-se de instituições que estão inovando esse segmento à medida que usam a tecnologia para facilitar processos. Elas criam novos modelos de negócios que revolucionam áreas como conta corrente, empréstimos pessoais e corporativos, investimentos, seguros e até mesmo os cartões de crédito e débito.
Nos últimos anos elas estão conquistando uma parcela cada vez maior de consumidores e até mesmo desafiando as instituições financeiras tradicionais. Esse crescimento se deve a um conjunto de características que vamos abordar no próximo tópico.
Como as fintechs brasileiras estão conquistando o consumidor?
As fintechs não estão apenas crescendo — elas estão conquistando a preferência do público e superando grandes instituições tradicionais. Isso acontece porque elas apresentam alguns diferenciais que impactam na experiência do consumidor, contribuindo para sua fidelização.
Entre essas características, podemos destacar:
Transparência
As pessoas procuram uma instituição financeira para lidar com seu dinheiro, e isso exige confiança. Seja para realizar empréstimos ou investimentos, trata-se de uma atividade cujos resultados têm um grande impacto na vida de seus clientes.
Por isso, os consumidores esperam que essas instituições sejam transparentes em suas políticas e formas de atuação — uma missão que as fintechs têm cumprido.
Elas demonstram seriedade e transparência. Diferentes dos bancos tradicionais, elas também se mostram mais acessíveis ao público. Os clientes se sentem em um ambiente mais seguro e confiável, o que promove a fidelização.
Maior proximidade
As fintechs adotam um modelo de comunicação completamente diferente das grandes instituições, que por muito tempo fizeram questão de parecer inacessíveis ao consumidor comum.
Elas apostam em uma comunicação mais descontraída e uma abordagem amigável. Essa opção fica clara em todos os canais que disponibilizam: o site da empresa, o atendimento telefônico ou presencial, o e-mail ou o aplicativo.
Mas não se trata apenas de uma questão de formato — os processos também são desenhados com essa mesma preocupação. Elas se colocam no lugar do cliente para desenvolver soluções que atendem às necessidades das pessoas e que sejam de fácil acesso ao seu público.
Personalização dos serviços
Hoje as pessoas realizam muitas de suas atividades diárias pela internet. São compras, pagamentos de contas, pesquisas e outras ações que deixam um rastro significativo na rede e nos sistemas das empresas com as quais interagem.
Esses dados permitem mapear os hábitos e interesses do consumidor, identificando suas principais necessidades. As fintechs usam essas informações para desenvolver serviços compatíveis com essas expectativas e atender o cliente de forma personalizada.
Variedade de opções
As fintechs hoje atuam em áreas sobre as quais os bancos detinham exclusividade de operações. Isso significa não só uma variedade nas opções de serviços, mas o aumento da concorrência e seus benefícios para o consumidor.
Com um número maior de instituições operando, elas precisam se destacar para conquistar o consumidor. Os serviços se tornam melhores e o preço tende a cair, especialmente a longo prazo.
Taxas competitivas
As fintechs baseiam suas operações em tecnologia e a automação. Por isso elas são enxutas tanto no que diz respeito à estrutura física quanto na necessidade de recursos humanos.
Dessa forma, elas conseguem oferecer serviços de qualidade e cobrar taxas abaixo das praticadas pelo mercado tradicional ou, em alguns casos, até mesmo aboli-las. Outras apostam na ausência de anuidade ou oferta de empréstimos a juros baixos — o que é excelente para o consumidor.
Mobilidade e comodidade
Como não poderia deixar de ser em empresas imersas na cultura digital, grande parte das operações (em alguns casos, todas) ocorre por meio de dispositivos móveis.
Ou seja, o consumidor não precisa mais se deslocar para abrir uma conta, obter financiamentos ou realizar qualquer um desses serviços oferecidos. Todos são solicitados, analisados, aprovados e realizados por um smartphone comum.
Na prática, isso significa o fim das filas e do constrangimento de encarar um gerente para conseguir um empréstimo ou renegociar a dívida do cartão de crédito. O cliente pode solucionar seus problemas onde estiver e quando quiser, reduzindo a burocracia.
Redução da burocracia
A desburocratização de processos é uma das principais vantagens das fintechs. Essas empresas usam interfaces que além de simples, intuitivas e disponíveis 24/7, ainda dispensam os procedimentos exigidos por bancos.
Se para solicitar um cartão de crédito o banco requer a presença física do cliente, a apresentação de documentos originais e suas cópias, assinatura em formulários e um tempo de processamento, hoje as fintechs adotam processos muito mais ágeis.
Em algumas delas é possível fazer a solicitação pelo smartphone, enviando a imagem de um documento de identidade, uma selfie e registrando a assinatura no próprio aparelho, com o dedo.
Qual é o papel da tecnologia no sucesso das fintechs?
As instituições financeiras tradicionais surgiram em um outro momento e necessitaram de uma grande estrutura para se consolidar no mercado. Aos poucos elas foram agregando tecnologias e mudando a forma de realizar processos, mas ainda estabelecidos sobre as mesmas bases.
As fintechs são completamente diferentes. Elas nasceram em um mundo digital e são imersas em uma cultura tecnológica. Seus processos internos são totalmente baseados nesses recursos e o resultado pode ser medido em agilidade e economia.
Elas não necessitam de uma grande estrutura física porque seu atendimento é baseado na mediação tecnológica. Mesmo sua infraestrutura de TI costuma ser alocada na nuvem, o que dispensa a necessidade de um grande capital para abertura e operações.
Além disso, sua adesão a canais digitais facilita o atendimento ao cliente. As operações se tornam mais ágeis e os resultados muito satisfatórios, de acordo com as expectativas do consumidor atual.
Portanto, se hoje as fintechs conseguem oferecer agilidade, transparência, comodidade e taxas atrativas ao consumidor, isso se deve à vantagem tecnológica em relação aos seus concorrentes tradicionais.
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