Entenda mais a influência do Big Data em Telecom
Analisar dados faz parte da rotina de diversos modelos de negócios. Analistas buscam entender e tirar proveito de padrões de comportamentos e, dessa forma, tornam os serviços mais eficientes e lucrativos por meio de pesquisas de mercado, técnicas de estatística e processamento de informações. Tudo isso envolve o uso de Big Data em Telecom e analytics, e estima-se que a análise de dados crescerá 8,5% ao ano nos próximos anos.
Por sua vez, as prestadoras do setor de telecomunicações, que têm à mão uma infinidade de dados, identificam como encaixar essas informações para a reavaliação dos seus modelos de negócios e definição das suas estratégias. Nesse cenário, a proteção de dados e a privacidade ganham relevância no Brasil e no mundo na era da transformação digital.
Neste artigo apresentaremos as áreas em que o Big Data e a tecnologia por ele fornecida terão maior impacto no setor de telecomunicações, e como isso afetará as empresas. Confira!
A alta integração e conectividade entre os mais diversos setores
No ambiente corporativo, temos exemplos importantes da criação de vantagem competitiva a partir de estratégias norteadas em técnicas de Big Data em Telecom. Lojas de e-commerce utilizam tanto dados do perfil de seus usuários quanto seu perfil de navegação para definir os produtos a serem oferecidos a eles em tempo real.
Por exemplo, a Netflix conta com aproximadamente dois terços de suas vendas feitas por meio de recomendações customizadas. Também, pperadoras de Telecom de destaque correlacionam dados de perfil de uso de seus consumidores e seu tipo de tarifação a fim de definir estratégias para a redução de “churn” — evasão de clientes.
Por sua vez, instituições financeiras correlacionam dados públicos de fontes múltiplas de seus clientes de maneira a auxiliar a construção de seu perfil potencial de crédito. Ainda, diversas marcas do varejo buscam seus pontos de venda por meio de ferramentas que cruzam dados complexos de consumo setorial, demografia e fluxo de pessoas.
A necessidade de preparo para o grande volume do fluxo de dados
Atualmente, é importante compreender que o fluxo de informações é tão relevante quanto o de serviços e mercadorias. De acordo com o relatório Cisco VNI Mobile, globalmente, o tráfego total de dados móveis cresceu 4 mil vezes nos últimos 10 anos e 400 milhões de vezes nos últimos 15 anos.
Enquanto isso, segundo a mesma pesquisa, no Brasil, o tráfego de dados móveis apresentará um crescimento duas vezes mais rápido que o tráfego IP entre 2016 e 2021. Além disso, até 2.021,77% das conexões móveis no país serão conexões “inteligentes” contra apenas 52% em 2016.
De fato, a economia mundial também tem crescido, impulsionada pelo aumento da conectividade. Conforme relatório recente da McKinsey, os fluxos globais de dados em 2014 contribuíram para o crescimento do PIB mundial em 10% — um aumento de US$ 7,8 trilhões.
Obviamente, nada disso é novidade. Todos nós sabemos que os dados estão crescendo. Afinal de contas, durante o dia, quantas vezes pegamos o celular para navegar pelo feed de notícias do nosso Facebook, acompanhar os vídeos tendências do YouTube ou até mesmo para sincronizar nossos e-mails? Certamente, não usávamos nossos telefones dessa maneira há uma década.
Muitos especialistas têm entregado os pontos sobre as previsões de melhorias do 5G: densidade de usuário exponencialmente maior, velocidade de 10 gigabytes e latência sub-milissegundo. Assim, o 5G talvez lide com uma lista aparentemente sem fim de formatos digitais em locais e dispositivos, tais como:
- digital;
- streaming;
- satélites;
- cabos submarinos;
- machine learning;
- realidade virtual;
- inteligência artificial e outros.
Entretanto, atualmente, a verdade é que a indústria simplesmente ainda não é capaz de suportar as tecnologias emergentes da Quarta Revolução Industrial.
Diante disso, além das tecnologias de aprimoramento de infraestrutura, como a rede definida por software (SDN) ou a visualização de rede (NV), o 5G demandará atualizações grandiosas e consideráveis em torno da infraestrutura de energia e um resfriamento do setor de Telecom.
A ligação da Telecom com a segurança de dados
Novas tecnologias como veículos autônomos e drones ficam muito expostas aos ciberataques sem conexões confiáveis e seguras.
Nesse contexto, o desafio é que as redes de comunicação sem fio não foram projetadas para terem fama de seguras. Justamente essa falta de segurança é o que permite aos robocallers fazerem uso de discadores automáticos a fim de atender às chamadas telefônicas de quem as pessoas acham que conhecem, e assim, enganá-las e ocorrer um vazamento de dados.
Então, vamos imaginar um ambiente totalmente alimentado pela tecnologia sem fio que é uma centena de vezes mais rápida do que qualquer solução hoje disponível. Assim seria possível — e provavelmente vamos — armazenar todos as questões de nossas vidas na nuvem.
Na realidade, hoje os debates estão altamente politizados acerca da segurança nacional e a concorrência, visto que as tecnologias emergentes intensificam as preocupações com as liberdades civis e a privacidade individual.
Portanto, não é uma tarefa fácil obter provedores sem fio para construir redes 5G seguras em uma indústria em sua maior parte não regulada. Além disso, o incentivo das operadoras para investir enfraquece, porque um portador que não protege seu equipamento acaba frustrando os esforços de todos os outros.
Mesmo assim, diante do fato de que o 5G alimentará carros autônomos e dispositivos médicos inteligentes, muitas operadoras já trabalham em estratégias de segurança mais robustas. Por fim, só o tempo dirá se as companhias externas se preocuparão em criar e monitorar regulamentos adicionais em nome da segurança.
A experiência do cliente relacionada ao Big Data e Telecom
Com o aprendizado de máquina (machine learning) e a inteligência artificial, as organizações de telecomunicações têm buscado maneiras de conseguir extrair valor de dados que coletaram nas últimas décadas. Vale destacar que a grande quantidade de informações disponíveis é capaz de paralisar muitos, e isso leva à desilusão, visto que a diretoria começa a enxergar um retorno negativo do investimento.
Por outro lado, os gestores mais experientes têm consciência de que não precisam ir além dos dados para descobrir problemas facilmente solucionáveis. Contudo, sabemos que as empresas contam com dados bem amplos sobre clientes, as interações com a empresa e seus usos.
Então, de que forma você pode usar esses dados para aprimorar a experiência do cliente, com a melhoria do relacionamento e com a redução da rotatividade? A resposta é simples, seus clientes esperam personalização e velocidade:
- janelas menores de compromissos;
- agendamento online;
- soluções na primeira visita;
- técnicos experientes e profissionais qualificados;
- acompanhamento adequado;
- notificações em tempo real etc.
Obviamente, tudo isso não parece tão simples de se realizar na prática. Mas pode ser sim! A verdade é que cada vez mais empresas de Telecom têm estreitado seus relacionamentos com usuários, e isso otimiza a duração da prestação de serviços de campo com software de gerenciamento preditivo.
Nesse sentido, a tecnologia inteligente faz uso de algoritmos avançados no intuito de analisar milhares de dados em tempo real com os objetivos de:
- prever automaticamente a duração de um trabalho;
- encontrar o caminho mais rápido para os próximos compromissos;
- atribuir técnicos a trabalhos que correspondam aos seus níveis de habilidade;
- fornecer suporte e conhecimento em tempo real;
- acompanhar o status do serviço.
Enfim, sob diversos aspectos, a forma como o Big Data em Telecom tem sido usado por operadores de rede nos bastidores é muito parecida com as aplicações da ferramenta que os varejistas, a área da saúde, os cientistas e o setor financeiro já fazem.
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